Confira neste artigo como driblar a gestão de crise na área da contabilidade, com estratégias e ações atuais e efetivas:
Passados quase 3 anos do início da pandemia de Covid-19, aprendemos muito sobre como viver e trabalhar em um contexto de grande instabilidade econômica e social. Durante esse período, as estratégias de gestão de crises adotadas pelas empresas foram essenciais para a mitigação dos impactos da pandemia.
As empresas que estavam mais preparadas e foram capazes de melhor gerenciar os efeitos da pandemia de Covid-19 sobreviveram, e até mesmo prosperaram, durante o período de crise. Crises são imprevisíveis, mas estão cada vez mais frequentes. Nesse cenário, a contabilidade é uma importante aliada na gestão de crises.
1. O que significa gestão de crise?
Gestão de crise é a aplicação de estratégias desenvolvidas para uma organização lidar com os efeitos negativos de um evento severo e não previsto. Crises são imprevisíveis por natureza, seja pela impossibilidade de prever sua ocorrência ou suas consequências.
De qualquer maneira, crises vão sempre exigir a tomada de decisões rápidas e efetivas em um contexto de grande incerteza e estresse.
Assim, a gestão de crises busca minimizar os efeitos negativos de eventos adversos que podem ter diversas naturezas, como saúde, ambiental, econômica, social ou generalizada – como no caso da pandemia do Covid-19. Apesar da imprevisibilidade desses eventos, a gestão de crises precisa começar muito antes da sua ocorrência.
2. Como a contabilidade pode ajudar na gestão de crise?
Conforme já mencionado, a contabilidade tem um papel fundamental na gestão de crises. É importante destacar que a gestão de crises pode ser dividida em três fases: preparação (antes do evento), mitigação (durante o evento) e recuperação (após o evento). Em cada uma dessas fases, a contabilidade pode trazer diferentes contribuições.
O planejamento financeiro e fiscal é essencial para a organização se preparar para uma crise. A contabilidade pode auxiliar na elaboração de cenários e cálculos de riscos de potenciais crises, bem como definir a liquidez de caixa necessária para o enfrentamento dessas crises.
Além disso, precisa-se investir em infraestruturas para a mitigação das crises, por exemplo, ao criar parques de servidores redundantes para a execução de serviços críticos durante a crise.
Por sua vez, durante a crise, a contabilidade pode ajudar a dar sentido aos impactos financeiros e econômicos gerados pela crise. Isso é essencial para a tomada de decisões de maneira rápida e acertada. Nos períodos de crise, a contabilidade tem papel fundamental na mobilização de recursos de maneira adequada e tempestiva para os funcionários e locais necessitados.
Já no pós-crise, as organizações afetadas estarão financeiramente e operacionalmente fragilizadas. Nesse contexto, a contabilidade será importante para reorganizar o negócio e efetuar um planejamento de recuperação. Pode-se envolver movimentos de fusão e aquisição ou reestruturação financeira.
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3. Qual papel que o contador assume na crise?
O contador precisa fazer parte do time de gestão de crise. Ele é o profissional com capacidade para dar sentido financeiro aos impactos adversos, o que é essencial para a tomada de decisão e gestão de riscos durante esse período.
Em crises que geram grandes incertezas econômicas, o contador exerce um papel de conselheiro do empreendedor. O contador está acostumado a lidar com crises econômicas, e pode fornecer um suporte emocional e consultivo para àqueles que se encontram diante dos riscos de um momento de forte instabilidade.
Durante a pandemia do Covid-19, a atuação dos contadores foi de grande importância para auxiliar as organizações a se reestruturar financeiramente para sobreviverem durante a crise. Em alguns casos, empresas bem preparadas e com bons planos de gestão de crise foram capazes até mesmo de crescer e adquirir concorrentes menos preparados para lidar com os efeitos do período de insegurança.
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4. Estratégias para adequação ao período de crise
Para lidar com uma crise, é preciso se preparar para ela. Crises são imprevisíveis e não são eventos frequentes, mas podem causar o fim de um negócio. Portanto, a primeira estratégia para se adequar ao período de crise é: esteja preparado para qualquer adversidade.
De maneira prática, isso significa que mesmo em tempos de estabilidade, uma organização precisa elaborar um plano de gestão de crise. Esse plano precisa considerar cenários de potenciais crises, bem como quais seriam as respostas da organização. Para isso, é crucial que a empresa identifique seus pontos críticos de falha.
Além disso, o plano de gestão de crises precisa ser constantemente atualizado, e os membros da organização precisam ter ciência da sua existência e de seus principais pontos. É comum que as organizações elaborem um único plano de gestão de crise ao longo de sua existência. No entanto, um plano desatualizado pode não ter utilidade.
Por fim, a organização precisa definir um comitê de gestão de crise. Esse comitê deve ser formado por uma equipe multidisciplinar de profissionais, os quais precisam ser constantemente treinados e ter um perfil cuidadosamente selecionado. Mais importante ainda, esses profissionais precisam se sentir confortáveis com contextos de pressão e incertezas.
5. Ações no presente de no olho no futuro
Poucas ações de gestão de crise podem ser tomadas sem terem sido planejadas anteriormente. As organizações precisam constantemente reavaliar seus cenários de riscos e moldar sua capacidade de lidar com esses riscos.
Mesmo assim, as crises são imprevisíveis. Assim como as empresas não puderam prever o surgimento da pandemia do Covid-19 e suas consequências, não é possível prever quando surgirá uma nova crise.
Portanto, as organizações devem se preparar para cenários incertos. Para isso, é necessário que a saúde financeira do negócio seja mantida em dia e a empresa tenha capacidade de se adequar rapidamente a novos cenários. Novamente, a pandemia do Covid-19 trouxe lições importantes para a gestão de crises.
Nesse caso, empresas com sobra de caixa para manter sua operação durante algumas semanas e com capacidade de se adequar rapidamente para o funcionamento virtual conseguiram se sustentar e prosperar. Em um contexto de incerteza, a flexibilidade se torna uma atividade essencial.
Outros aprendizados importantes sobre a gestão de crise durante períodos de instabilidade incluem:
– Analisar criticamente o potencial de sobrevivência da empresa no curto prazo;
– Reduzir drasticamente os custos desnecessários;
– Renegociar dívidas e buscar oportunidades de crédito;
– Reavaliar o fechamento de novos contratos;
– Fortalecer parcerias com fornecedores.
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