Já reparou na quantidade de impostos e siglas que temos que lidar todos os anos? Isso é porque o Brasil continua sendo um dos países com o sistema tributário mais complexo do mundo. Estima-se que uma empresa de médio porte gasta, em média, 2600 horas por ano cumprindo obrigações. Nesse sentido, não podemos deixar de falar de risco fiscal.
Pense bem: quando detalhes importantes de declarações são negligenciados, o resultado pode ser desastrado: multas, sanções e até a perda de credibilidade no mercado. Para evitar que a sua empresa entre nesta situação, precisamos compreender:
- Quais são os principais riscos fiscais;
- Como sua empresa pode estar vulnerável a eles;
- O que sua equipe pode fazer para prevenir esses problemas.
Acompanhe este artigo e fique por dentro dos pontos essenciais para a gestão do risco fiscal na sua empresa.
O que é um risco fiscal?
Risco fiscal é a vulnerabilidade que uma empresa enfrenta quando deixa de cumprir suas obrigações tributárias, seja por erro, negligência ou até mesmo falta de conhecimento. Esses riscos surgem tanto no processo de apuração de tributos quanto no envio de declarações ao fisco.
É como um carro com falhas: mesmo que você não perceba que está sem freio, ao dirigir, está sujeito a um acidente. Na empresa, as consequências podem vir em forma de multas, penalidades e perda de contratos e vendas de clientes e fornecedores, afetando a saúde financeira do negócio.
Quais são os principais riscos fiscais para uma empresa?
Agora que entendemos o conceito, vamos ver os principais riscos fiscais que sua empresa pode enfrentar:
- Enquadramento fiscal inadequado
O enquadramento fiscal refere-se ao regime de tributação escolhido pela empresa. Novos empresários talvez não saibam ainda, mas o governo não te enquadra em um regime tributário. Você é quem deve observar as características de cada um para se encaixar e pagar os impostos de maneira correta.
A título de exemplo, se um CNPJ se declara microempresa, mas possui receita superior ao limite permitido, estará em risco de incorrer em infrações. Então, lembre-se: em 2025, um MEI deve ter receita bruta anual de até R$ 81 mil, e uma empresa de pequeno porte, de R$ 360 mil a R$ 4,8 milhões.
- Não cumprimento de normas
Embora o empresário não precise conhecer todos os aspectos da legislação, é essencial cumprir rigorosamente as obrigações tributárias. Isso incluir pagar taxas e encargos em níveis municipal, estadual e federal. Além disso, é fundamental manter a escriturações e as declarações fiscais atualizadas.
- Classificação fiscal equivocada de mercadorias
A classificação incorreta de produtos pode levar a um pagamento de tributos errado, levando ao recebimento de notificações e multas. Isso porque diferentes tipos de produtos possuem taxas distintas, causando prejuízo na arrecadação de impostos. Um exemplo disso é rotular uma carga de animais vivos como carga refrigerada pronta para ser vendida ao consumidor final.
- Geração de receitas sem emissão de documento fiscal
Emitir notas fiscais é obrigatório para documentar as receitas geradas pela empresa. A falta desse processo caracteriza evasão fiscal, um crime grave perante a lei, com várias consequências financeiras e legais.
Ou seja, além de colocar o seu CNPJ em conformidade com a lei, ele permite saber todo dinheiro gerado pela produção de produtos e serviços realizados. E tem mais: ele funciona como base de cálculo para tributos — cada regime possui suas especificidades.
- Sonegação de impostos
Segundo a Agência Estadual de Notícias do Governo do Estado do Paraná, a Receita Estadual emitiu mais de 1.700 autos de infração para recuperar R$ 666 milhões que foram sonegados em 2022.
Esse é um crime grave e pode resultar em penalidades pesadas, além de prejudicar a imagem da empresa. Inclusive, para o Governo anunciou mais uma estratégia para fortalecer a segurança fiscal a partir de 2025: o monitoramento do Pix acima de certos valores.
A norma pede que instituições reportem os valores consolidados de operações, sem identificar beneficiários ou natureza das transações. Essa ferramenta visa identificar com mais facilidade quem usa esses meios de pagamento para ocultar dinheiro ilícito, às vezes decorrente de atividade criminosa, como a lavagem de dinheiro.
- Envio de informações erradas
Informações incorretas, seja em declarações fiscais ou outros documentos, podem gerar sérios riscos fiscais. Isso inclui erros em cálculos de tributos ou na entrega de informações obrigatórias. Por isso, certifique-se de que todos os dados enviados estão corretos e, sempre que possível, conte com ferramentas para reduzir esses riscos, como a plataforma da Qive.
- Não quitação de guias e tributos
Gerar uma obrigação sem o devido pagamento da guia é um risco fiscal relevante, sabia? Pessoas físicas passam por essa situação com mais frequência, ao declararem o Imposto de Renda anualmente.
Isso acontece porque quando há valores a serem pagos para a receita, as pessoas simplesmente não efetuam o pagamento até a data de vencimento. Assim, há multas e sanções. Para as empresas, o cenário não é diferente.
Impactos dos riscos fiscais nas empresas
A falta de uma abordagem proativa na gestão do risco fiscal pode gerar consequências, conheça alguns a seguir.
Queda na margem de lucro
Quando há erros de conformidade ou litígios fiscais, as multas e penalidades irão exigir recursos adicionais até serem resolvidos. O resultado é a redução significativa da rentabilidade do negócio — impactando negativamente a capacidade de investir, crescer e se manter competitivo no mercado.
Realização de pagamentos desnecessários
Quando uma empresa não possui uma boa gestão de riscos fiscais, é provável ver erros no cálculo e até no pagamento de impostos. Isso pode resultar em pagamentos desnecessários ou duplicação, além dos atrasos para quitação. Essas situações prejudicam diretamente a saúde financeira da empresa. Portanto, tenha atenção e confira os cálculos feitos.
Geração de uma má reputação
Quando uma organização enfrenta problemas fiscais, como evasão e sonegação, sua imagem pode ficar prejudicada perante o mercado: clientes, fornecedores e investidores.
Uma má reputação acarreta perda de confiança dos stakeholders e afeta a credibilidade. Ou seja, grandes perdas de oportunidades para alavancar a empresa.
Multas e penalidades
Gerar multas e penalidades prejudica a segurança financeira da empresa e deixa um quadro de incerteza sobre o futuro. O ideal é ter uma boa gestão de risco para estar em compliance, contando com ferramentas e equipes bem treinadas.
A importância da compliance fiscal para sua empresa
A compliance fiscal é fundamental para garantir que todas as obrigações tributárias e legais sejam cumpridas adequadamente, conforme o regime de tributação específico do CNPJ.
Além disso, uma boa gestão de compliance preserva a reputação da empresa, assegura a transparência e otimiza a gestão financeira, garantindo a sustentabilidade do negócio. Empresas que priorizam isso têm mais chances de prosperar no mercado, sendo reconhecidas por sua gestão responsável e transparente.
Melhores práticas para evitar riscos fiscais
Abaixo, algumas práticas para reduzir riscos fiscais e garantir que sua empresa esteja sempre em conformidade com a lei:
- Investimento na qualificação dos profissionais
Sua equipe precisa estar bem treinada para entender as obrigações fiscais e cumprir com rigor as normas. Investir em cursos de especialização e treinamento contínuo é essencial para evitar erros — afinal, o investimento de hoje pode evitar a dor de cabeça de amanhã, concorda? - Uso de softwares para automação e gestão fiscal
A tecnologia pode ajudar a minimizar erros humanos. Investir em softwares especializados na gestão fiscal, como a plataforma Qive, pode otimizar o tempo da equipe e garantir maior precisão nos cálculos e processos.
Como a Qive ajuda seu negócio a evitar riscos fiscais
Aqui, contamos com a segurança para que você realize uma boa gestão fiscal. Com informações recebidas direto da Secretaria da Fazenda e prefeituras, o software de gestão especializada em fiscalização oferece as funcionalidades ideais para a sua empresa. Veja bem.
Conferência SPED
Realize a consulta de documentos fiscais de forma digital, prática e segura, garantindo 100% do recebimento das notas emitidas para um ou mais CNPJs com os módulos:
- Confere Chaves® para identificar inconsistências de chaves de acesso de NFes e CTes;
- Confere C100D100® para realizar a conferência de dados do SPED antes da escrituração. Isso reduz erros, economiza o tempo gasto na conferência e minimiza os gastos com retificação, além de possibilitar que a apuração de impostos.
Consulta e download de NFes direto da SEFAZ
Na plataforma, você consegue monitorar em tempo real tudo que está sendo emitido contra seu CNPJ direto da Sefaz. Assim, você evita erros e multas, notas de devolução e notas frias que possam estar sendo geradas sem o seu conhecimento.
Consulta e download de NFSes em todo Brasil
Você sabia que estamos integrados a mais de 1.100 prefeituras do país para a consulta de Notas Fiscais de Serviço eletrônicas?
Com isso, você não precisa informar a chave de acesso ou aguardar o envio deste documento pelos fornecedores. Isso quer dizer que assim que as notas estiverem disponíveis em ambiente nacional ou municipal, nosso sistema disponibiliza a consulta e armazena as informações em sua conta de forma segura.
Relatórios e consultas personalizadas
É possível gerar relatórios fiscais avançados e criar filtros para analisar seus dados de forma detalhada e simplificada. Assim, você não deixa nenhuma obrigação de lado e garante a plena conformidade com o fisco.
Fechamento de mês
O fechamento do mês é o momento em que muitas empresas vão checar alguns detalhes importantes. Por isso, aqui você garante agilidade nas conferências para a entrega de todas as obrigações fiscais e contábeis dentro do prazo.
Quer ver como a Qive pode solucionar os problemas de compliance da sua empresa? Fale agora com um dos nossos especialistas e entenda como podemos te ajudar!
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