Você já ouviu falar sobre o código CST da nota fiscal e tem dúvidas sobre qual o código mais adequado para o seu negócio? Com tantas siglas e códigos envolvendo o mundo dos documentos fiscais, é normal que apareçam dúvidas sobre o assunto.

Por isso, é fundamental entender o que é o Código de Situação Tributária, ou CST, da nota fiscal, como ele funciona e quando aplicar esse código para evitar erros na emissão de documentos e obrigações fiscais.

Continue lendo este conteúdo para saber tudo sobre o CST e sanar todas as suas dúvidas sobre o assunto!

O que é CST na nota fiscal?

O CST, ou Código de Situação Tributária, é um código numérico utilizado em notas fiscais para identificar a situação tributária de um produto ou serviço em relação ao ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços). Ele é essencial para determinar como o imposto será aplicado em cada transação, garantindo o correto recolhimento tributário.

Esse código é composto por três dígitos, sendo que cada número possui um significado específico. O primeiro dígito indica a origem da mercadoria (nacional ou estrangeira), enquanto os dois últimos representam a tributação do ICMS. Essa estrutura facilita a classificação e interpretação dos dados fiscais, tanto para empresas quanto para o Fisco.

Por exemplo, o CST 040 significa “isento de ICMS”, enquanto o CST 010 indica “tributação com redução de base de cálculo”. A lógica por trás dos números é definida pela legislação tributária, permitindo que o código traduza a condição fiscal do item de forma padronizada.

Para que serve o código CST na nota fiscal?

O Código de Situação Tributária tem um papel muito importante na emissão de notas fiscais. Ele serve para identificar a relação tributária entre o produto ou serviço e o ICMS . A principal função do CST é garantir mais precisão na cobrança de impostos, promovendo a conformidade fiscal tanto para o Governo quanto para as empresas.

Para o Governo, o CST é uma ferramenta essencial de controle tributário. Ele permite identificar rapidamente as particularidades tributárias de cada transação, assegurando que o recolhimento do ICMS seja realizado de forma correta e transparente. Essa padronização também facilita o cruzamento de informações fiscais, reduzindo erros e combatendo fraudes.

Para as empresas, o CST é igualmente importante, pois auxilia no planejamento tributário. Com o uso correto do código, é possível identificar benefícios fiscais, isenções ou reduções aplicáveis, além de evitar penalidades por informações incorretas. Dessa forma, o CST contribui para uma gestão financeira mais eficiente.

Isso é essencial para empresas que comercializam uma grande variedade de mercadorias, como varejistas. O CST pode indicar, por exemplo, qual é a alíquota de impostos adequada para cada tipo de produto comercializado pelo negócio. Assim, fica mais fácil garantir a conformidade tributária e evitar erros.

Adicionalmente, o CST tem uma função declarativa indispensável. Ele é obrigatório em documentos fiscais como a Nota Fiscal Eletrônica (NFe), a Nota Fiscal Eletrônica de Produtor Rural (NFPe) e o Conhecimento de Transporte Eletrônico (CTe). A ausência ou preenchimento inadequado desse código pode inviabilizar a transmissão desses documentos, gerando problemas operacionais.

Quais são os códigos CST?

O Código de Situação Tributária (CST) está dividido em duas tabelas principais: Tabela A, que identifica a origem da mercadoria ou serviço, e Tabela B, que especifica a tributação pelo ICMS.

Cada tabela tem uma finalidade distinta e complementa a análise tributária realizada através das notas fiscais. Confira:

Tabela A — Origem da mercadoria ou serviço

A Tabela A classifica a origem das mercadorias e serviços de acordo com sua produção ou importação. Ela é composta por um único dígito e apresenta os seguintes códigos:

  • 0 — Nacional
  • 1 — Estrangeira, importação direta
  • 2 — Estrangeira, adquirida no mercado interno
  • 3 — Nacional, com mais de 40% de conteúdo estrangeiro
  • 4 — Nacional, produzida em conformidade com processos produtivos básicos
  • 5 — Nacional, com até 40% de conteúdo estrangeiro
  • 6 — Estrangeira, sem similar nacional, importação direta
  • 7 — Estrangeira, sem similar nacional, adquirida no mercado interno

Tabela B — Tributação pelo ICMS

A Tabela B detalha as condições tributárias relativas ao ICMS. Os principais códigos são:

  • 00 — Tributado integralmente
  • 10 — Tributado com cobrança de substituição tributária
  • 20 — Com redução de base de cálculo
  • 30 — Isenta ou não tributada com substituição tributária
  • 40 — Isenta
  • 50 — Suspensão
  • 60 — Substituição tributária
  • 90 — Outras

Como saber o CST da nota fiscal?

Como explicamos, saber corretamente qual o código CST da nota fiscal ajuda a evitar erros na declaração e recolhimento tributário.

Para identificar o Código de Situação Tributário correto para uma nota fiscal, é importante conhecer o produto e o regime de tributação adotado pela empresa. Confira o passo a passo:

  1. Identifique o produto ou serviço
    O primeiro passo é compreender as características do produto ou serviço em questão. Analise informações como a origem (nacional ou estrangeira), os benefícios fiscais aplicáveis e a legislação específica do setor. Esses dados são fundamentais para determinar corretamente os códigos das tabelas A e B.
  2. Consulte a Tabela A — Origem da mercadoria ou serviço
    Após identificar o produto ou serviço, verifique a origem na Tabela A do CST. Esta tabela utiliza um único dígito para indicar se o item é nacional ou estrangeiro e se possui componentes importados. Por exemplo, um produto fabricado no Brasil com mais de 40% de conteúdo estrangeiro será classificado como 3.
  3. Consulte a Tabela B — Tributação pelo ICMS
    Com a origem definida, passe para a Tabela B, que especifica a tributação do ICMS. Considere fatores como isenções, substituição tributária e redução de base de cálculo. Por exemplo, um item isento de ICMS será classificado com o código 40.
  4. Combine os códigos
    O CST final é uma combinação do código da Tabela A (origem) com o código da Tabela B (tributação). Por exemplo, um produto nacional, isento de ICMS, terá o CST 040.
  5. Valide e registre o código na nota fiscal
    Após definir o CST, registre-o na nota fiscal com atenção, garantindo que todos os dados sejam consistentes.

Conhecer e usar corretamente o CST é essencial para garantir a conformidade fiscal e tributária do seu negócio. Esse código assegura a aplicação correta das regras de ICMS, evita penalidades e permite identificar benefícios fiscais, contribuindo para a eficiência do planejamento tributário e a regularidade das operações.

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Escrito por Qive

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