Toda empresa precisa ter um plano de contas contábil. Mas, afinal, para que serve e como é possível, através dele, gerir melhor uma empresa? Estamos aqui para te ajudar com tudo isso, mas, antes, vamos começar pelo básico.
O que é um plano de contas contábil?
De forma resumida, um plano de contas contábil é uma ferramenta poderosa de gestão das movimentações financeiras. Ele tem, como objetivo, identificar as contas de uma empresa através de códigos e classificações para todos os registros de entradas e saídas.
Contas, dentro da contabilidade, é um termo técnico que representa o componente patrimonial ou de resultados. Essas informações são usadas para gerar relatórios importantes, como o Balanço Patrimonial e o DRE.
Além disso, ao desenvolver um padrão de classificação e identificação das contas, todos os relatórios, demonstrativos e documentos, terão o mesmo modelo para cada tipo de movimentação. Isso ajuda na interpretação dos dados, agiliza a estruturação de relatórios e amplia o nível de detalhamento para o gestor contábil. Muita coisa, né?
Sua estrutura base divide-se em quatro grupos, cada um deles com subdivisões, que detalham ainda mais as contas. Por fim, o plano é finalizado com as contas de apuração de resultados.
Os 4 grupos principais do plano de contas contábil
- Ativos — recursos e bens em posse da empresa, como caixa, conta bancária e bens móveis;
- Passivos — obrigações da empresa como contas a pagar e impostos;
- Receitas — compreende os lançamentos de resultado, ou seja, todo o movimento da empresa;
- Despesas e custos;
Subgrupos do plano de contas contábil
Como dito anteriormente, os quatro grupos principais de um plano de contas contábil ainda possuem subdivisões.
Ativos
- Circulante – os bens que se movimentam em um prazo inferior a 365 dias, caixa e conta bancária.
- Não-circulante – abrange contas a receber a longo prazo, isto é, superior a 365 dias
- Imobilizado – são os bens móveis e imóveis.
Passivo
- Circulante: impostos, salários e parcelas de compras operacionais ou não, mas obrigações a serem honradas dentro do ano.
- Não-circulante: despesas provisionadas a serem pagas no ano seguinte.
- Patrimônio líquido: o patrimônio da empresa, um capital próprio dos sócios ou acionistas.
Receitas
- Operacionais: são receitas geradas em atividades como vendas, prestação de serviços, individual ou simultaneamente, e industrialização.
- Não operacionais: receita adquirida de outras formas, como rendimentos de investimentos, juros ou venda de ativo imobilizado.
Despesas e custos
- Operacionais: gastos relacionados à atividade e manutenção do negócio, isto é, despesas administrativas, insumos, vendas etc.
- Não operacionais: despesas que não têm relação com a finalidade da organização, como doações, donativos e patrocínio a eventos.
Plano de Contas Referencial da Receita (PCRR)
A Receita Federal do Brasil criou o Plano de Contas Referencial com o objetivo de padronizar as contas, a fim de cumprir o previsto na Escrituração Contábil Fiscal (ECF). Entretanto, para a entrega da ECF, quando uma empresa utiliza um plano de contas específico, tem que ser feito um “DE/PARA” para o Plano Referencial.
O plano de contas da Receita serve como referência, mas não é necessariamente um padrão: ele deve ser personalizado para cada empresa, seguindo sempre a legislação (Lei 6.404/76 e Lei 11.638/07), as Normas Brasileiras de Contabilidade e os Princípios Fundamentais de Contabilidade. É importante analisar o detalhamento específico de cada cliente e a necessidade de cada empresa.
Conclusão
Nesse texto você aprendeu o que é um plano de contas contábil e qual a sua importância para uma empresa – em especial na hora de realizar uma gestão mais inteligente e prática.
Que tal uma breve retomada?
- O plano de contas contábil identifica as contas da empresa com códigos e classificações para todos os registros de entrada e saída;
- Desenvolver esse padrão ajuda a interpretar dados, acelera a estruturação de relatórios e aumenta o nível de detalhamento para o gestor contábil;
- A estrutura de um plano de contas contábil se divide em quatro grupos: ativos (recursos e bens em posse da empresa), passivos (obrigações como contas e impostos), receitas (todo. o movimento da empresa) e despesas e custos;
- A Receita Federal do Brasil criou um Plano de Contas Referencial para padronizar suas contas, cumprindo o que está previsto na Escrituração Contábil Fiscal; esse. Plano é uma referência, mas não precisa ser um padrão.
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