A Inteligência Artificial (IA) já não é mais uma novidade. Segundo o estudo “Our Life with AI: From Innovation to Application“, realizado pelo Google e Ipsos, o Brasil está entre os países que mais utilizam essa tecnologia, com 75% dos entrevistados afirmando empregá-la no ambiente de trabalho.
Apesar disso, as áreas de backoffice ainda demonstram certa resistência à adoção da IA. De acordo a pesquisa “Panorama de Gestão Fiscal e Financeira” da Qive e Endeavor, apenas 21% das empresas integram a tecnologia no cotidiano atualmente, enquanto 54% planejam começar a utilizá-la a partir de 2025.
Neste artigo, vamos mostrar para você como os profissionais de backoffice estão incorporando (ou pretendem incorporar) a Inteligência Artificial em suas rotinas e as principais tendências tecnológicas para o setor. Acompanhe!
Cenário atual das empresas brasileiras no backoffice
A maioria dos entrevistados no Panorama de Gestão Fiscal e Financeira 2025 já utiliza sistemas ERP em suas empresas. Esse é um avanço significativo, pois essa tecnologia possibilita a centralização e automação de processos, facilitando a gestão e aumentando a eficiência operacional, benefícios diretamente relacionados a uma maior maturidade no backoffice da empresa.
No entanto, é preciso avaliar como o ERP está sendo utilizado. Em muitos casos, processos manuais ainda são necessários, como a inserção de informações. Isso pode comprometer a veracidade dos dados devido a erros de digitação, gerando impactos em todas as atividades subsequentes.
Empresas mais maduras já utilizam softwares integrados, responsáveis por coletar, conferir, traduzir e enviar as informações de forma automática para o ERP, mitigando erros e garantindo segurança nos processos.
Além disso, o estudo revela um cenário de cautela nas áreas fiscal e financeira. Cerca de 25% dos entrevistados afirmaram não ter intenção de adotar a Inteligência Artificial em suas rotinas. Esse conservadorismo não é surpreendente, considerando o alto risco e a complexidade das atividades realizadas nesses setores.
Por outro lado, quando utilizada de forma estratégica, a IA pode trazer benefícios como previsibilidade, segurança e eficiência — como você verá no próximo tópico.
Uso de IA nas áreas de backoffice, como financeiro, fiscal, entre outras
A aplicação da Inteligência Artificial em setores como fiscal e financeiro está principalmente ligada à análise de dados e criação de relatórios. De acordo a pesquisa da Qive e Endeavor, 77% dos respondentes identificam essas funções como os principais usos da tecnologia.
Os benefícios mais mencionados incluem uma conferência de dados mais precisa e um significativo ganho de tempo nas operações. Com maior confiabilidade nas informações e agilidade no processamento, esses setores podem oferecer insights valiosos para melhorar o compliance e reduzir custos — dois pilares importantes para a saúde e competitividade de qualquer empresa.
Outras tendências tecnológicas para 2025
O Panorama de Gestão Fiscal e Financeira 2025 trouxe uma informação surpreendente: 21% das empresas ainda não têm controle, segurança e conhecimento sobre suas atividades fiscais.
Dentro de um contexto de reforma tributária e necessidade de eficiência, dois pontos muito levantados como desafios para o ano, investir em automatização de processos e integração de sistemas será fundamental para um crescimento sustentável e seguro das empresas.
Automatização de processos fiscais e financeiros
A pesquisa revela um cenário preocupante: quase metade dos entrevistados gasta um tempo significativo com tarefas manuais que poderiam ser automatizadas. Esse é um problema que se agrava à medida que a organização cresce e a complexidade das operações aumenta.
Empresas que pretendem crescer em 2025 devem investir nessa tendência tecnológica para conseguir um equilíbrio entre escalar a operação e manter o compliance. Conforme o nível de maturidade da organização aumenta, cresce também a necessidade de melhoria contínua em eficiência e segurança através da automação.
Um exemplo nesse sentido é a Riachuelo, que reduziu o tempo de conferência de um lote de mil notas fiscais de 16 horas para 3 minutos, usando a solução da Qive para automatizar a gestão e controle de documentos fiscais.
Uso de softwares e APIs integradas ao ERP
O ERP já substitui várias tarefas manuais, como cadastros, entrada de documentos e relatórios. No entanto, há espaço para ir além, usando integração com softwares e APIs para automatizar o fluxo de dados para esses sistemas de gestão empresarial.
Apesar de sua robustez, ERPs têm limitações e sozinhos não conseguem cumprir com todas as funções que o backoffice das empresas precisa. Para complementar seu uso, na área fiscal, por exemplo, 61% das empresas já usam um software voltado para o setor.
O importante é que as informações estejam integradas, afinal, a digitação manual pode ocasionar na entrada de dados incorretos, prejudicando até mesmo a visão de outros departamentos que utilizam o sistema.
Para manter um fluxo correto de dados, muitos softwares já possuem integração com ERPs, e ao avaliar e adquirir novas soluções na empresa, esse é um ponto que deve ser levado em consideração pelos profissionais.
Conclusão
Inteligência artificial, automatização de processos e integração com ERP estão no radar no backoffice das empresas em 2025. Investir em tecnologia será importante para lidar com os desafios fiscais e financeiros, e garantir mais eficiência e competitividade.
Esse é apenas o começo: baixe o Panorama de Gestão Fiscal e Financeira 2025 e veja mais informações e insights valiosos.