Com a aprovação da nova Reforma Tributária, o “split payment” ganhou mais destaque entre empreendedores, contadores e gestores financeiros. Afinal, ele promete transformar a forma como os tributos são recolhidos no Brasil. Mas você sabe como calcular o split payment no fluxo de caixa da sua empresa, na prática?
A seguir, as mudanças que ele traz e como você pode se preparar para a sua implementação com exemplos práticos.
O que muda com o split payment?
Com a implementação gradual do split payment, prevista na Reforma Tributária, o valor dos tributos será automaticamente separado no momento da transação comercial. Isso significa que, ao vender um produto ou serviço, a empresa não recebe mais o valor total para depois recolher os impostos. A partir de agora, eles serão transferidos diretamente ao fisco. Esse é o Brasil dando mais um passo rumo à modernização do seu sistema tributário.
O modelo é considerado “superinteligente”, segundo Bernard Appy, secretário da Reforma Tributária. Além de reduzir fraudes, inadimplência e sonegação, beneficia bons pagadores, pois diminui o processo recorrente de recolhimento.
Como calcular o split payment?
O cálculo do split é simples, mas exige atenção ao fluxo de caixa e à alíquota aplicável. Confira o passo a passo:
1. Primeiro, identifique o valor da venda bruta.
2. O próximo passo é aplicar a alíquota de tributação do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) e a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) — ambos fazem parte do IVA (Imposto sobre Valor Adicionado)
3. Chegou a hora de calcular o valor do imposto, sendo o valor da venda bruta, vezes a porcentagem indicada pela alíquota.
4. Com o resultado, subtraia o imposto do valor total da transação
5. O resultado desse cálculo é o valor do tributo retido automaticamente, enquanto o restante pertence ao vendedor.
Lembre-se: o novo modelo afeta diretamente o fluxo de caixa, pois reduz a entrada imediata de recursos. Por isso, é fundamental replanejar o capital de giro para não enfrentar problemas
Exemplos práticos de split payment
Uma gráfica realizou uma venda de R$ 8.000,00 com um projeto. Sabendo que a alíquota usada no cálculo do split é de 18% então o gerente realizou o seguinte cálculo: 8.000 x 18% = R$ 1.440,00 em tributos. O restante representa a entrada no caixa. Ou seja, R$ 8.000,00 – R$ 1.440,00 = R$ 6.560,00.
Outro exemplo é a consultoria feita por um especialista em vagas de emprego internacionais. Ele adquiriu um cliente prestando um serviço no valor de R$ 15.000,00. O split foi executado pela adquirente, com a alíquota de 25%. Isso quer dizer que R$ 15.000,00 x 25% = R$ 3.750,00 de impostos a serem recolhidos. Já o especialista teve uma entrada de caixa de R$ R$ 11.250,00, pois R$ 15.000,00 – R$ 3.750,00 = R$ 11.250,00.
Perceba que, em todos os casos citados, o valor do tributo é automaticamente desviado antes de entrar no caixa do negócio. A vantagem disso é a previsibilidade fiscal e de lucro, mas, ao mesmo tempo, exige atenção redobrada à saúde financeira da empresa.
Não fique para trás na Reforma Tributária
O split payment faz parte de uma transformação maior que já está em curso no nosso país. Haverá menos sonegação e fraudes, com as dificuldades de ocultar receitas ou deixar de pagar tributos, elimina-se a necessidade de pagamentos posteriores e o risco de não estar dentro da lei diminui, auxiliando o compliance do sue negócio.
Com a nova Reforma Tributária, o Brasil caminha rumo a um sistema mais moderno, justo e eficiente, exigindo que você se prepare. Para atuar de forma ativa, não deixe de atualizar seus sistemas, treinar sua equipe e reavaliar o planejamento financeiro. Esses são passos essenciais para manter a competitividade no mercado.
Antecipe-se e conte com a Qive para atravessar essa transição com clareza e mais segurança. Clique aqui e experimente a plataforma por nossa conta!
Veja também
Otimize rotinas, reduza custos e evite multas
Otimize rotinas, reduza custos e evite multas