A Reforma Tributária finalmente saiu do papel e já está batendo na porta de todas as empresas do Brasil. E, com ela, vêm inúmeras dúvidas: o que vai mudar? Quando as novas regras começam a valer? E, a mais importante de todas: como minha empresa deve se preparar?
Sabemos que o “tributês” pode ser complicado, mas estamos aqui para simplificar! Preparamos um guia completo com o cronograma de implementação da Reforma Tributária para você entender cada etapa, se antecipar às mudanças e navegar por essa transição com muito mais segurança e tranquilidade.
Vamos juntos desvendar esse calendário?
Entenda o que é a Reforma Tributária
Antes de conhecer nas datas, vamos alinhar os pontos. A Reforma Tributária é a maior reestruturação do sistema de impostos sobre o consumo no Brasil das últimas décadas. Seu principal objetivo é simplificar a cobrança de tributos, que hoje é extremamente complexa e burocrática.
A grande mudança é a substituição de cinco impostos (PIS, Cofins, IPI, ICMS e ISS) por um modelo de Imposto sobre Valor Agregado (IVA) no formato dual. Ele será composto por:
- CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços): Unificará os tributos federais (PIS, Cofins e IPI).
- IBS (Imposto sobre Bens e Serviços): Unificará os tributos estaduais e municipais (ICMS e ISS).
Essa mudança promete mais transparência, menos burocracia e o fim das chamadas “guerras fiscais” entre os estados.
Marcos e Datas-Chave da Tramitação
A aprovação da Reforma Tributária foi uma verdadeira maratona legislativa. A proposta principal, conhecida como PEC 45/2019, foi apresentada na Câmara dos Deputados em abril de 2019. Sua ideia original, bem ambiciosa, era substituir cinco tributos por um único Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), inspirado em modelos internacionais de IVA (Imposto sobre Valor Agregado).
A tramitação durou mais de quatro anos, um período de intensos debates e negociações. Para construir um consenso, a PEC 45/2019 foi analisada em conjunto com outra proposta que já circulava no Senado, a PEC 110/2019. Essa fusão de ideias foi fundamental para que o texto pudesse avançar, incorporando diferentes visões e preocupações de parlamentares, estados, municípios e diversos setores da sociedade.
Ao longo desse caminho, o texto foi bastante modificado para garantir sua aprovação. A mudança mais significativa foi a troca do imposto único por um sistema de IVA Dual, separando a contribuição federal (CBS) da estadual/municipal (IBS). Além disso, outros pontos importantes foram incluídos, como o Imposto Seletivo para desestimular o consumo de produtos prejudiciais à saúde e ao meio ambiente, a criação de fundos para compensar perdas e reduzir desigualdades regionais, e o mecanismo de cashback para famílias de baixa renda.
Depois de passar por comissões e votações na Câmara em julho de 2023, o texto foi para o Senado, onde sofreu novas alterações e foi aprovado em novembro. Por ter sido modificada, a proposta precisou voltar para uma análise final dos deputados. Em uma votação histórica em dezembro de 2023, a Câmara deu seu aval definitivo, e a Emenda Constitucional nº 132 foi finalmente promulgada no dia 20 de dezembro de 2023, encerrando um ciclo de décadas de espera.
O Cronograma Detalhado de Implementação da Reforma Tributária
A transição para o novo sistema não será da noite para o dia. Ela foi planejada para ser gradual, permitindo que empresas e governo se adaptem. Anote aí as datas mais importantes:
- 2025: Anos de regulamentação. O Congresso Nacional estará focado em aprovar as leis complementares, que são as regras do jogo. Elas vão detalhar como o IVA dual, o Imposto Seletivo e o cashback para famílias de baixa renda irão funcionar na prática.
- 2026: Início da fase de testes. A CBS e o IBS começam a ser cobrados com uma alíquota de teste de 0,9% e 0,1%, respectivamente. A ideia é testar o novo sistema sem grande impacto no caixa das empresas.
- 2027: O jogo começa a virar! A CBS entra em vigor plenamente, e os impostos federais (PIS e Cofins) são extintos. O IPI também será zerado, exceto para produtos que concorrem com a Zona Franca de Manaus. Para o IBS, as alíquotas de ICMS e ISS começam a ser reduzidas.
- 2029 a 2032: Transição do ICMS e ISS. Durante esses quatro anos, as alíquotas dos impostos estaduais e municipais serão reduzidas gradualmente, enquanto a alíquota do IBS aumentará na mesma proporção.
- 2033: Fim da transição! Os “velhos” impostos sobre o consumo (ICMS e ISS) são completamente extintos. A partir daqui, teremos apenas o novo sistema com CBS e IBS em pleno funcionamento em todo o Brasil.
Impactos da Reforma Tributária no Dia a Dia
As mudanças vão muito além do departamento fiscal e contábil. Elas impactarão a forma como todos nós, empresas e cidadãos, lidamos com os impostos.
Para empresas
A principal promessa é a simplificação, com a unificação de cinco declarações em apenas uma. Isso significa menos burocracia e custos operacionais. Além disso, o novo modelo de crédito tributário amplo e o fim da “guerra fiscal” criarão um ambiente de negócios mais justo e competitivo, impactando desde as PMEs até os gigantes do varejo e do e-commerce. Empresas do Simples Nacional também terão regras específicas que vale a pena acompanhar.
Para consumidores
Você finalmente saberá quanto paga de imposto em cada produto ou serviço. A cobrança passará a ser “por fora”, com o valor do tributo discriminado na nota fiscal. Essa transparência pode influenciar as decisões de compra e aumentar a consciência sobre a carga tributária.
Para estados e municípios
A arrecadação do IBS será feita de forma centralizada pelo Conselho Federativo e distribuída aos estados e municípios. A grande mudança é que a cobrança será no local de destino (onde o produto ou serviço é consumido), e não na origem, como é hoje. Essa alteração busca equilibrar a distribuição de recursos entre as regiões do país.
Próximos Passos e Acompanhamento
Como vimos, o cronograma é longo e muita coisa ainda depende da definição das leis complementares ao longo de 2025. Por isso, é indispensável se manter informado e acompanhar de perto todas as atualizações da Reforma Tributária.
Entender os detalhes que ainda estão sendo discutidos, como as alíquotas específicas e as regras para regimes diferenciados, é o que permitirá que sua empresa se planeje corretamente, revise contratos e ajuste seus sistemas sem sustos.
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