A gestão de uma empresa ou startup requer uma visão ampla de seus gestores sobre todas as áreas, das mais técnicas às estratégicas. Em todas elas o capital humano é, sem dúvidas, um dos recursos mais importantes como afirma a frase clichê: “empresas são pessoas”.
Nos últimos anos temos visto uma mudança significativa no mercado devido ao avanço tecnológico, empresas de base tecnológica passaram a ocupar uma fatia considerável do mercado e uma importância relevante em nossas vidas. Pense em quantos aplicativos você utiliza diariamente, desde solicitar um transporte a conhecer pessoas novas, mudamos nossos estilo de vida através dessas inovações.
1. O que é uma Startup?
O grupo de empresas que tem como missão resolver problemas cotidianos com tecnologia e inovação são categorizadas por startups, diferente dos negócios tradicionais, que mantém suas operações em que a grande parte dos processos são físicos e dependente de máquinas e equipamentos. Os modelos de negócios das startups são escaláveis, enxutos, inovadores.
O perfil dos empreendedores à frente das startup são pessoas mais jovens, muitas vezes ainda universitários ou recém formados. Seus colaboradores também seguem essa tendência etária.
Em meio à tanta tecnologia, as engrenagens se encaixam e giram com impulsão de pessoas, não há (até o momento) empresas formadas apenas por equipamentos e inteligência artificial, portanto a gestão das equipes que compõem as áreas é o fator essencial para o desenvolvimento sadio da startup.
2. Startups e pessoas
Um recurso imprescindível, para que qualquer empresa exista, são as pessoas. Então cuidar dessas pessoas de maneira estratégica é o desafio latente que está posto às empresas, principalmente de base tecnológica, para que elas continuem saudáveis.
A gestão de pessoas diz respeito à organização de todos os temas que se referem aos funcionários. Uma divisão de áreas bastante utilizada é designar todas as atividades burocráticas e trabalhistas como responsabilidade do Departamento Pessoal. Esse cuida de processos que envolvem de documentação, garantia de direitos do funcionários, segurança do trabalho, assuntos estratégicos e relacionados ao desenvolvimento do pessoal cabe ao time de Recursos Humanos.
A área de recursos humanos é responsável por recrutar e gerenciar os talentos, propiciando o desenvolvimento e satisfação de cada membro da equipe. A gestão de conflitos também é uma atividade importante de salientar, o apoio aos gestores diretos de cada área da empresa para deliberar sobre essas questões mais sensíveis, impacta de maneira positiva no dia a dia das organizações.
As startups têm uma característica bastante peculiar perante as empresas tradicionais: a agilidade e o dinamismo de sua gestão. Ambientes mais informais e democráticos onde as equipes são mais ouvidas e autônomas. Neste caso a gestão de pessoas precisa estar bastante alinhada à cultura, missão e valores da empresa a fim de garantir que intenções da startup sejam aplicadas na manutenção e desenvolvimento dos times.
3. Dicas para uma gestão prática e eficiente
A seguir estão algumas dicas para uma gestão de startups prática e eficiente:
1 – Funções bem definidas: Antes de começar um processo de seleção para uma nova contratação, defina exatamente as atividades que o cargo desempenhará. Comece respondendo questões como: por que vamos contratar? Como essa pessoa vai trabalhar? como será a supervisão? Qual espaço físico ela ocupará? qual o salário? Quais as metas que envolvem o cargo? Dessa forma todas as informações serão pensadas e definidas para um excelente aproveitamento e desenvolvimento de quem ocupará o novo posto de trabalho criado.
2 – Seleção: Tudo começa por aqui. O processo de seleção é o primeiro contato entre o, ainda candidato, e a empresa. Montar um processo que seja condizente o perfil da startup e as exigências da vaga, é importante. Questionários, dinâmicas, entrevistas, atividades práticas são formas de conhecer o candidato e identificar se ele ou ela está de acordo com o perfil da vaga em questão. A transparência nessa fase é indispensável, apresente a missão da empresa e da vaga e procure deixar claras todas as informações práticas como horário de trabalho, vestimentas e remuneração.
3 – Integração: Após escolhidos os novos colaboradores, os primeiros dias (até semanas) de trabalho devem ser integrativas. O novo membro deve ser munido de todas as informações sobre o funcionamento da empresa e as boas práticas acerca da função que será desempenhada. Conhecer a história da startup, o organograma, ter treinamentos sobre ferramentas e o modo de operação são formas importantes para que o novato entenda sobre a técnica e a cultura organizacional praticada ali.
4 – Comunicação: Gerir pessoas é uma tarefa complexa, ainda mais se as informações não são claras e comunicadas. A maioria dos problemas de uma empresa está na comunicação não realizada ou não transparente. Procure promover uma cultura interna onde as informações sejam oferecidas de maneira clara e objetiva. Estimule a comunicação profissional, defina bem os canais e faça com que a equipe troque informações límpidas e necessárias. A comunicação bem feita reduz mal entendidos e alinha expectativas entre os indivíduos.
5 – Supervisão: O ato de supervisionar um cargo e o desempenho de suas funções pode soar engessado demais para as startups que, em geral, tendem a ter um ambiente mais fluido e autônomo. Porém é preciso que os líderes saibam acerca da execução de atividades de seus liderados, desde o cumprimento de metas e produtividade, conflitos internos até sobre o bem estar do colaborador. Defina os meios e a periodicidade dessa checagem para que todos os esforços de trabalho na empresa sejam aproveitados com eficiência.
6 – Treinamento e Desenvolvimento: É muito rico trabalhar em um ambiente onde há a preocupação com o crescimento intelectual dos colaboradores. Promover treinamentos internos sobre temas técnicos ajudam o desempenho das áreas. Assuntos mais amplos e fora da atividade principal da área ou função, como autoconhecimento, temas de gestão, relações pessoais, auxiliam no desenvolvimento pessoal da equipe, gerando valor para o dia a dia das operações.
7 – Feedback: Eis uma ferramenta poderosa para o desenvolvimento das equipes e gestão de possíveis conflitos. O feedback é uma maneira de sinalizar e orientar sobre erros e acertos realizados por um membro da equipe, de maneira que apenas sejam replicadas condutas interessantes e positivas para a empresa. Crie a cultura do feedback orientado, periódico e realizado da forma correta, para que haja o aumento do desenvolvimento da pessoa e da organização. Os colaboradores devem ser treinados para dar e receber feedbacks profissionais de maneira gentil, verdadeira no volume e momento certos, sem que afetem de forma negativa a auto estima pessoal. Criar uma atmosfera de confiança entre a equipe facilita a prática de feedbacks sérios e constantes em prol da melhoria contínua.
4. Concluindo
É possível afirmar que gerir empresas, ou fazer a gestão de startups, é gerir pessoas. Deve-se cuidar desde a busca por novos profissionais até a dinâmica de trabalho diário para que as pessoas possam desempenhar seu melhor. Ter líderes nas startups preocupados não apenas com as métricas de produtividade e resultados tangíveis, mas que também mantenha o foco em desenvolver os membros do time e propiciar um ambiente agregador para suas equipes. Esse cuidado e preocupação deve ser considerado desde a concepção do modelo de negócio, por menor que ele seja. Gerar uma cultura de valorização das pessoas é enriquecedor para todos aqueles que se relacionam com as empresa, de fornecedores à clientes.
Se você tiver dúvidas, ou deseja fazer suas considerações, comente abaixo ou escreva diretamente para a autora: nataliasartorelli@vamosescrever.com.br .
Veja também
Otimize rotinas, reduza custos e evite multas
Tudo o que você precisa na Qive para gestão financeira e fiscal do jeito certo: automatizada e estratégica.